"Não importa aquilo em que pessoalmente creia,
sem dúvida gostaria de ouvir ambos os lados da questão."
— Despertai! 8 de Abril de 1970, página 5.
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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

sábado, 9 de junho de 2012

As Testemunhas de Jeová e a destruição de "objetos espíritas"

Todos que possuem um certo grau de experiência vivida com as Testemunhas de Jeová sabem de uma prática infeliz que algumas têm com relação a qualquer objeto ou presente que ganhem de pessoas espíritas ou de praticantes das religiões afro-brasileiras, dentre outras. O que ocorre é que muitas Testemunhas de Jeová mal informadas destruirão tais presentes, muito frequentemente lançando-os em meio ao fogo. Embora não admitam, devem saber que esta prática é claramente identificável como um tipo de superstição, que não é apenas preconceituosa, mas que para determinados casos, carece de qualquer paralelo na Bíblia — de onde, ironicamente, afirmarão basear esta prática.

Suas publicações, costumam citar especialmente a passagem de Atos 19:19 como base para que queimem quaisquer "objetos espíritas" que por ventura tenham. O que ocorre é que diversas Testemunhas de Jeová confundem a expressão "objetos espíritas" com "objetos vindos de espíritas". Assim, incluem na queima não apenas livros, revistas e filmes diretamente ligados ao espiritismo, mas também chaveiros, enfeites, roupas, perfumes, brinquedos e qualquer outra coisa que recebam de uma pessoa que seja espírita! Particularmente, só sei de duas coisas materiais que uma Testemunhas de Jeová ajuizada pode vez ou outra receber de pessoas espíritas mas que ela nunca irá destruir no fogo: uma delas é o próprio dinheiro (a propósito, bem conveniente!) e a outra algum animal de estimação. De resto, tudo que recebam destas pessoas é passível de ser destruído pelas chamas.

• O caso dos cosméticos da Natura
A paranoia de algumas Testemunhas de Jeová com relação a este assunto é tamanha que aqui mesmo no Brasil viu-se o desenrolar de um caso bem embaraçoso. Surgiu-se, não se sabe como, um boato envolvendo a marca de perfumes e cosméticos da Natura que espalhou-se com grande velocidade pelas congregações das Testemunhas de Jeová por todo o país. As versões do boato diferem de região para região, mas basicamente a estória sustenta o que está descrito abaixo, conforme muito divulgado por Testemunhas de Jeová em redes sociais e correntes de e-mail:
"Uma irmã da cidade de Arapongas (PR) costumava usar produtos da Natura quando ela acabou sendo ''possuída''. O demônio dizia: SEUS IRMÃOS SÃO OS QUE MAIS USAM O PRODUTO. Os anciãos conseguiram com muita oração fazer que esse demônio fosse embora. A irmã deformava o rosto enquanto falava, e a voz que saia não era dela. Ela avisou todos os irmãos mais próximos e assim uma amiga minha duvidou, pegou o telefone da irmã e ligou, ela confirmou a historia. Eu não tinha produtos pois já ouvi muito a respeito, mas agora sim que não compro. As irmãs da minha congregação já se desfizeram desses cosméticos e a irmã que foi ''possuída'' também se desfez."
Parece difícil acreditar que alguém supostamente apto a "pregar de casa em casa" e a "raciocinar com base nas escrituras" caia nesses contos absurdos, mas entre as Testemunhas de Jeová essas lendas urbanas são comuns e com facilidade são passadas adiante. Mesmo que não haja nenhuma prova, parece comum no meio religioso como um todo divulgar histórias que de alguma forma sustentem as suas convicções, o que neste caso em especial gerou muita confusão. Sim, por causa desse boato, várias Testemunhas de Jeová destruíram os seus cosméticos da Natura ou deixaram de revendê-los e passaram a perpetuá-lo aos quatro ventos, persuadindo ainda outras pelos motivos mais bizarros a nunca comprar os produtos desta marca. E esta superstição tem sido assim até hoje entre pelo menos algumas delas.

Este tipo de coisa ocorre, infelizmente, porque muitas Testemunhas de Jeová nutrem a mentalidade de que o produto do caso acima ou um mero presente de uma pessoa espírita vem acompanhado de algum tipo de demônio que sabe-se lá por qual razão, irá atormentar a pessoa até que ela resolva destruir tal objeto no fogo (como se um demônio dependesse de um objeto para querer atormentar alguém...). O que a Testemunha de Jeová que pensa assim tem de entender é: a Bíblia realmente justifica todas as práticas que muitas têm feito neste sentido? Ou seja, será que a Bíblia ensina a destruição de todo e qualquer objeto no fogo? Vejamos algumas das passagens que tratam deste assunto afim de se entender melhor:

• O relato de Deuteronômio 7: 25-26
Na Tradução do Novo Mundo, esta passagem é vertida da seguinte forma: "Deves queimar em fogo as imagens entalhadas de seus deuses. Não deves desejar a prata e o ouro sobre elas, nem tampouco tomá-lo para ti, para que não sejas enlaçado por ele; pois é algo detestável para Jeová, teu Deus. E não deves introduzir algo detestável na tua casa e [assim] realmente tornar-te algo devotado à destruição, igual a ele. Deves ter completa repugnância dele e absolutamente detestá-lo, porque é algo devotado à destruição."

O que o texto acima nos mostra? Uma ordem divina que diz respeito a destruição dos objetos usados diretamente na adoração de outros deuses (neste caso, imagens ou estátuas dos próprios deuses). Por qual razão Jeová ordenou a destruição destas imagens no fogo? Ora, as Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento) como um todo, sempre reforçam o quanto Jeová não tolera adoração a outros deuses. (Êxodo 20:5) O mandamento de destruí-las, portanto, tinha um único e claro objetivo: impedir que outras pessoas viessem a se curvar diante de tais imagens.

• O relato de Atos 19:18-19
Esta outra passagem, também na Tradução do Novo Mundo, é vertida como: "E muitos dos que se tinham tornado crentes vinham e confessavam, e relatavam abertamente as suas práticas. Deveras, um número considerável dos que haviam praticado artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram diante de todos. E calcularam os preços deles e acharam que valiam cinqüenta mil moedas de prata."

Esta passagem das Escrituras Gregas Cristãs (Novo Testamento) trata da atitude de alguns que abandonaram as chamadas "artes mágicas" e converteram-se ao Cristianismo. Ela descreve que estes tomaram a atitude de queimar publicamente os seus livros de magia, mas por qual razão? Bem, tal como como a adoração de outros deuses, a prática da magia também era condenada pelas leis divinas. (Levítico 19:26; Deuteronômio 18:9-14) Assim, o motivo que levou os recém-convertidos a queimarem os seus livros de magia era justamente para impedir que outros viessem a consultar estes livros e aprendessem tais artes mágicas que eram enfaticamente condenadas por Deus.

• O que se pode concluir?
Nos relatos bíblicos, todos os objetos destruídos estavam diretamente ligados a promoção de adoração falsa ou das "artes mágicas". Ao contrário do que muitas Testemunhas de Jeová pensam e praticam, não existe qualquer base bíblica para se queimar um presente só pelo fato dele ter vindo de uma pessoa que seja espírita ou de outra religião estigmatizada. Fazer isso não é apenas agir de maneira preconceituosa, mas também profundamente desrespeitosa para com a pessoa que sinceramente a presenteou. As Testemunhas de Jeová que têm tomado esta prática vão realmente muito além do que dizem as próprias escrituras que afirmam seguir. — 1 Coríntios 4:6

sábado, 5 de maio de 2012

Torre de Vigia simula dúvida sobre a "Geração Que Não Passará"

SÃO PAULO – Faz parte do programa da Assembleia "Seja Santificado o Nome de Deus", realizada pelas Testemunhas de Jeová, uma simulação bem curiosa. Nela, duas testemunhas conversam a respeito da dúvida de uma delas que é sobre o novo entendimento da Torre de Vigia a respeito do texto bíblico de Mateus 24:34, que trata da "geração que não passará".

Conforme admitido na própria simulação, ao longo dos anos, a Sociedade Torre de Vigia sustentou várias explicações diferentes sobre este assunto. No princípio, dizia que se tratavam das pessoas que nasceram antes de 1914 e, que tinham idade suficiente para discernir sobre os acontecimentos daquele ano. Várias publicações deram ênfase ao fato que nem chegaríamos ao ano 2000, e que Jesus ou Jeová eram quem revelavam e se encarregavam de cumprir tal "verdade" profunda. Porém, as pessoas desta predita geração - incluindo os que compunham a liderança da Torre de Vigia - foram envelhecendo e morrendo, e contrariando o ensino da sociedade, o fim não veio.

De maneira muito conveniente, "novas luzes" de entendimento foram surgindo, em especial a partir dos anos 80. Atualmente, dentro do próprio Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, ninguém nasceu antes do ano de 1914, e por esse motivo, adotou-se ainda em 1995 o cômodo entendimento de uma "geração contemporânea", pois estes atuais ungidos conviveram com os ungidos que presenciaram os acontecimentos de 1914. Com isso, a Torre de Vigia conseguiu "esticar" a duração da praticamente já extinta Geração de 1914.

Na simulação (disponibilizada no vídeo abaixo) é interessante que a expressão "Geração de 1914" nem mesmo é utilizada. Este nome, tão usado entre os anos de 1960 e 1990, estampou inclusive as capas de algumas edições da revista A Sentinela. Outra importante revista das Testemunhas de Jeová, Despertaí!, teve por anos esta expressão presente em seu editorial. Na apresentação recente, porém, utiliza-se apenas a expressão "Geração que não passará"...


sábado, 21 de abril de 2012

Torre de Vigia passa a aceitar donativos em cartões bancários

SÃO PAULO - Um pouco atrasada em relações à outras igrejas, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (nos EUA), esteve considerando desde o final de 2011 o projeto da implantação dum sistema de recolhimento de donativos de seus fiéis por meio de cartões bancários. Recentemente, o sistema começou a ser implantado nos Salões de Assembleias de vários países, incluindo agora o Brasil.  

Embora não cobre dízimos dos seus fiéis, a organização constantemente os estimula a fazerem donativos para a sua "obra mundial", o que incluiu custear a produção de publicações e manter as suas várias propriedades e locais de adoração em todo o mundo, tudo avaliado em bilhões de dólares. Parte das doações também cobrem os custos com os seus respectivos trabalhadores, que apesar disso, servem à organização como voluntários.

Apesar do conservadorismo da organização das Testemunhas de Jeová – que já chegou a alfinetar esta prática quando adotada por outras igrejas – parece que agora, com o aumento da utilização deste sistema pelas pessoas e com as dificuldades das crises financeiras, este recurso mostra-se surgir num tempo mais do que apropriado.

No vídeo abaixo, disponibiliza-se uma gravação do anúncio feito em uma assembleia no estado de São Paulo ainda neste mês de Abril de 2012. Nele, o orador especifica, porém, que o sistema dos cartões ainda está em "caráter experimental". Confira: